Será? Tudo Muda, o mundo muda, a vida muda, o tempo passa. Eu penso por que será que o mundo é mundo? Será que a vida é vida? Porque o tempo passa? Se estou aqui, porque estou? Mas eu penso. Penso no que sou, no que ainda posso ser, no que eu posso fazer, será que eu vou ser o que eu quero ser? Será que vale lutar por algo incerto? Mas eu penso. Quando você virá? o que você é? o que tem além de você? Será que há vida pós vida, se é que existe vida. Será isso um plano ? será isso um teste? será isso uma fase? O que será? se é que é? Deus, você acredita nele? Você acredita que seja ele? ou serão eles? aqueles que mandam, desmandam, brincam com você como se fosse seus fantoche. Porque penso em perguntas sem respostas? Se é que existem respostas. Perguntas, respostas. Continuo pensando e gostando de pensar nos serás que um dia me levarão a algum lugar. Segundo os especialistas, existem cinco estágios no luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Não existe uma ordem para esses estágios ocorrerem, e nem sempre a pessoa percebe que está passando por um deles. Mas eles estão lá. Não sei em que estágio estou agora. Nem mesmo sei se a ficha já caiu e eu estou em algum deles. Mas sei que dói. Deus, dói demais. Dói demais perceber que o tempo passa, e que certas coisas jamais voltarão. Dói saber que não há volta, nunca há, e que a cada dia o tempo e a vida passam a perna na gente de maneira impiedosa e implacável. Talvez eu tenha passado direto para o quarto estágio.
Mas não importa. O que eu vejo hoje é que, frente à morte, caem todas as máscaras. O que eu ouço agora é o silêncio. Já ouviram aquela música que fala do som do silêncio? É disso que eu estou falando. O silêncio é a música do tempo que passou e não volta mais. O silêncio é a canção da futilidade e da efemeridade da maioria das coisas que fazemos nessa vida. Diante do silêncio - diante da morte - tudo parece um tanto idiota. É estranho. Nem sei mesmo do que eu estou falando. Nem sei mesmo como meus dedos acham as teclas certas - talvez eles só trabalhem sob extrema pressão. Talvez. O silêncio também é a música do talvez, sabem. Do talvez cheio de pesares, de culpas, de desespero. Não preciso, definitivamente não preciso. Não preciso que as pessoas me compreendam, não preciso que me acolham em todo tempo e muito menos que tenham pena de mim. Não preciso que me bajulem, que me achem bonito nem que me admirem. Tenho ódio quando acho que preciso dessas coisas. Não preciso me sentir rejeitado, não preciso achar que preciso ser aceito. Só preciso acreditar, confiar e ser quem eu sou. Só preciso saber que DEUS é o meu melhor amigo, e que ele me faz passar por provações e teste para tentar mudar meu caminho e me preparando algo melhor. Só preciso confiar que ele me fez assim porque há algo gigantesco a ser realizado através da minha vida e ele está me treinando pra que eu vá mais longe do que sonho e receba muito mais do que espero. Só preciso ser quem sou, porque ELE me fez assim, e assim eu vou olhar dentro de seus olhos e quem sabe um dia possa dizer que sou feliz.
Os amigos são sua segunda família. É verdade. Pai e mãe, cabe à natureza providenciar. Ou ao destino, sei lá. E com certeza, cabe aos avós. Avós, cabem à natureza, ao destino e aos bisavós providenciar. E assim, verticalmente, vai. Horizontalmente também, já que os seus avós, provavelmente, não tiveram só seus pais. Cada um dos irmãos dos seus pais, também conhecidos como tios (ou tias, se forem irmãs), também terão seus respectivos filhos (ou filhas), também conhecidos como primos (ou primas). Os amigos, ah, esses não dependem da natureza ou do destino. Esses somos nós mesmos quem escolhemos. Tá bom, tá bom. A natureza e o destino se encarregam de colocar você em diferentes lugares e diferentes situações, para conhecer pessoas diferentes. Mas a escolha de um amigo, essa nos é pessoal e intransferível. A natureza e o destino podem nos "presentear" com os espécimes familiares mais diversos dentre a fauna de Homo Sapiens disponíveis. Um primo maconheiro, uma prima duas caras, uma tia louca e um tio pastor que dança funk; por exemplo. Um tio que morreu de bêbado, uma tia hipocondríaca, um primo afeminado e uma prima infantilóide; outro exemplo. Pai amoroso, mãe maravilhosa, irmã exemplar; mais um exemplo. Mas todos eles já estavam aqui antes de você chegar. Ou pelo menos boa parte deles. Então, você não teve nenhum poder de escolha sobre eles. Senão, você trocaria uma tia louca por outra sã. Ou a prima infantilóide por uma outra mais, digamos, "interessante" Os amigos não. Salvo alguma fenda no espaço-tempo, os seus amigos são todos contemporâneos a você. Você é junto com eles, você está junto com eles. Você vive na mesma época que eles. Quando um primo ou uma tia resolve virar do avesso e não lhe dar mais as fuças, é uma situação chata. Mas que você consegue contornar, afinal, há laços de sangue. Por mais que um irmão odeie sua irmã, é provável que, em algum momento, eles voltem a se falar. Por isso eu não acredito que alguém possa "perder" um parente. Agora, quando um amigo seu decide ir embora e não falar mais com você, isso é muito doloroso. Quando isso acontece porque você o fez antes, e foi embora e não falou mais com ele, isso é pior ainda. Parente é como bumerangue, por mais que você o jogue longe, ele sempre volta. Pode demorar, mas volta. Amigos, nem sempre.
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