A tristeza é um sentimento conectado ao ser humano. Todas as pessoas estão sujeitas. É a ausência de satisfação pessoal quando o indivíduo se depara com sua fragilidade. Enquanto a depressão é a raiva e a vingança digerida na pessoa. Na prática, é uma tentativa de devolver para os outros o que existe de pior em si. A raiva existente na depressão é resultado da total falta de vitalidade e motivação. Existe também uma infantilização, onde fazemos com que o ambiente nos ampare e dedique atenção exclusiva a nós mesmos. A tristeza não chega aos limites citados na situação depressiva. Pelo contrário, é uma ferramenta valiosa para avaliação das metas de vida. Infelizmente, na cultura ocidental não valoriza-se os aspectos emotivos. O egoísmo no qual o homem é induzido desde a infância, produz um vazio pessoal. Porém, o bem-estar esta diretamente ligado a satisfação alheia. Se não houver a solidariedade, ou seja, a profunda preocupação com o próximo, o citado "vazio da personalidade" irá expandir-se. A tristeza ocupa este espaço e desmotiva o indivíduo a dar continuidade na busca de qualquer outro valor. Outro fator que fortemente desencadeia a tristeza é a recusa. A dificuldade em aceitar o "não" torna-se desmotivante e abala a auto-estima. Por outro lado, a rejeição e a incapacidade frente a alguns obstáculos leva a quadros mais sérios e profundos da tristeza.
Cultivar a tristeza é apenas fazer a manutenção desse estado de atenção e acolhimento despertado, é manter-se afastado e protegido da competitividade e ambição que norteiam a sociedade contemporânea. Mas na maioria das vezes, a solidariedade e o altruísmo são hipócritas, porque a necessidade da auto-superação e status social faz com que o sentimento de comoção seja verdadeiro, mas o apoio sincero é substituído pelo prazer na derrota alheia. Assim, esta afirmação é concretizada pelo fato de que o assistencialismo não supre as carências afetivas; é apenas um retórico inconsciente que absolve a obrigação da solidariedade. Embora muitas vezes sofremos com determinados relacionamentos, sabemos que a perda pode nos custar ainda mais caro. O maior obstáculo para qualquer tipo de mudança é a desconfiança quase que absoluta em nosso potencial, gerando um receio imenso sobre se conseguiremos construir algo; se os ventos estarão ou não a nosso favor; se o destino ainda poderá nos reservar um mínimo de satisfação perante todo o pesadelo diário em que muitas pessoas vivem. Acho que todo mundo compreende o sentimento de se sentir só em meio a uma multidão. Perfeitamente compreensível, porque gente estranha é quase que gente invisível, é gente que não se importa. Mas quantas pessoas já se sentiram sós num mar de rosto conhecidos? Entre os amigos? Já me senti assim, apesar de ser uma estranha sensação e na época duas pessoas eram meus melhores amigos naquele círculo, mas porque não me sentia compensado e sim triste?
Aonde moro, os grupos grandes se desfizeram todos, sobraram poucos, e os grupos antigos, foram-se. Meu grupo era um desses, apesar de sermos todos colegas, a palavra "amigo" sempre se mantinha na cabeça de todos, menos na minha pois jamais considerei ou soltei que alguém era meu amigo sem ao menos sequer confiar. Os poucos que sobraram não se solidarizaram com a sua causa. Eles não se importam com quem tem caráter e com quem não tem, tudo o que eles querem é alguém com uma conversa fraca, as mesmices de sempre, as mesmas ditas "sacanagens" e assuntos totalmente fora de foco, perguntando as mesmas coisas e dando respostas vagas e até mesmo "sem graça". Aliás, nem isso. Tudo o que eles querem é se divertir, rir, comentários engraçados ou um jeito animado de contar algo que nem é tão engraçado assim. Hoje em dia tudo isso se tornou "ralo", os atuais grupinhos das novas gerações são ou menos unidos ou pouco existem. Já os antigos, alguns tentam manter o pouco que sobrou ainda que não tenham tanto contato e outros seguiram suas vidas, seja engravidando, casando ou fingindo serem pessoas perfeitas. De fato os antigos tempos deixaram de existir. E você se sente só, olha pra trás e tenta entender o que aconteceu com os amigos do passado. Mas o tempo corroeu os laços e a distância agora é grande demais. Você foi esnobado quando chegaram os amigos novos, e a relação morreu. Deixou que outros o aconselhassem e se intrometessem naquilo que tinha, contaminando tudo aquilo. A vida é assim, cada um segue seu rumo por mais doloroso que seja. Eles é quem mudaram e se tornaram incompatíveis. O laço que os juntava não era forte o suficiente. Então você quer fugir pra longe, longe de tudo, longe de todos, começar uma vida nova, conhecer gente nova, fazer tudo outra vez. Daqui alguns meses ou anos a pessoa vai estar sozinha de novo, vai pensar nos amigos do passado - que são aqueles que você tinha no momento presente - e vai querer recuperar, e não vai conseguir, e vai achar que a culpa é do tempo que desgastou, ou porque dirá que você que esnobou e não foi esnobado... não que tudo já estava em ruínas e você só resolveu ser corajoso de reconhecer o fim e seguir em frente. E o que fazer? A quem se apegar?
Os poucos amigos estão presos a você por uma memória de algo que já não existe mais... agora você é só uma figura enfadonha que eles tem pena de descartar. Cabe a você cortar o fino laço que ainda os prende, porque eles não vão ter coragem de fazê-lo, eles vão ter pena de você. Mas isso não vai implicar cortar o laço que ativa a guilhotina também? A solidão trás amigos novos assim como o caos trás a ordem? E como a gente sabe se é realmente feliz ou se só está extremamente empolgado com algo novo? A gente não precisa mudar de amigos se entendermos que os amigos "mudam". Dizia William Shakespeare em uma das suas muitas frases. O que ele não previu foi que os amigos podem ser muito cruéis quando querem ser. As vezes a gente lembra de outras épocas, parece que foi ontem, as emoções, os dramas, de todas as dúvidas.Lembra com saudade de um periodo em que tudo parecia dificil, mas hoje você percebe quetudo era tão mais simples e que gostaria de ter a cabeça que tem hoje pra resolver tudo aquilo que viveu de um jeito muito mais fácil. E fica achando que naquela época sim, vc foi feliz.Depois lembra que é feliz hoje também e ao mesmo tempo infeliz. Porque é assim? Aqui se faz, aqui se paga, frase muito comum que ouvimos quando uma pessoa leva um tapa da vida. É o mesmo conceito: lei de causa e efeito. O que estou pagando, será que mereço tanto?E mais ainda, porque as pessoas que me magoaram tanto não estão pagando? Não costumo desejar o mal a ninguém, pelo contrario, procuro me manter sempre sereno diante de pessoas que tem atitudes estranhas às minhas. Fico pensando: de que adiantou ajudar os outros? de que adiantou me doar, me entregar de corpo e alma? De que adiantou tudo? Se agora estou tão vazio e tão só. Sei que mergulho neste mar de auto-piedade e fico achando que a culpa é dos outros, quando na verdade não se resume apenas a eles. Também não significa que me arrenpendi, faria tudo novamente se me fosse dado o poder da escolha. porque sou assim mesmo, a minha lealdade sim é muito correta e ética e só não me acostumei ainda com a falta de amor de algumas pessoas que gostei tanto, que ainda nao consegui desgostar. Estou triste porque algumas coisas em minha vida simplesmente não funcionam.
Alguém disse que meu coração é gigante por isso cedo demais e, daí a minha depressão. não consigo digerir toda esta maldade humana. Tenho lutado todos os dias da minha vida, assim como todos que conheço. Não sou diferente nem melhor que ninguém. Ás vezes pensava: Porque não sou igual todo mundo, não sigo as mesmas regras, ganho as mesmas coisas básicas que a sociedade dá a um ser humano? Mas não. Eu prefiro mesmo ser quem sou, pois isso me possibilita estar num nível superior, me faz agir melhor, pensar e analisar seja quem for. Afinal de contas não se pode ser cego com relação a pessoas hoje em dia. Na verdade mesmo sendo uma espécie de "dom", tentar adivinhar o caráter de uma pessoa, ao mesmo tempo é como uma maldição, pois acaba "descobrindo" ou "adivinhando" mais do que deveria sobre uma pessoa e muitas vezes não é nada tão bonito de se ver. Há casos e casos. Ainda tento me apoiar no sentimento de carinho que pessoas especiais sentem por mim. Apesar de que sempre digo que já não consigo acreditar em mais nada, elas geralmente me dizem que isso é um erro da minha parte. Sei que elas estão perto (mesmo longe) mas não sei se sou tão necessário a elas assim, já que também estou longe. É alguém que liga pra perguntar como você está, mandam email perguntando de ti ou até mesmo um scrap no orkut no qual em poucas palavras te mostra que você é importante pra ela. São pessoas que não esquecem nunca do quanto sou frágil em meus momentos depressivos e do quanto preciso de carinho e afeto sinceros. Em demonstrações verdadeiras. Tudo isso se torna tão raro nos dia de hoje não é verdade? Sim eu guardo mágoas de outras pessoas, algumas por anos a fio, guardo mágoas de pessoas que me machucaram, humilharam, mas ainda assim, não desejo mal porque a vida costuma dar voltas, e como já disse em outro post, nenhum de nós está livre dos pagamentos cobrados por ela. Tudo que fizemos sendo bons ou ruins é cobrado. Apenas não entendo porque me usaram pra depois descartarem, assim, como papel velho. estas pessoas não sentem o quanto me fizeram mal? Acho que não. Apesar de tudo o arrependimento e remorso chegam muito tarde e não há nada que possam fazer. A noite é um dos momentos de maior nostalgia e melancôlia que uma pessoa reflexiva pode ter. Você imagina demais, pensa demais e dentro da sua mente são criados textos quase poéticos, ou até mesmo muito dramáticos. É quase como meditar mas de um jeito totalmente diferente, o fato comum é: Você se entristece ou fica com ar de seriedade apenas por estar pensando.
Tem horas que me sinto frustrado e chateado com o mundo. Nunca consigo fingir que está tudo bem. Atualmente prefiro fazer isso do que importunar a todos com meus problemas, prefiro ser vago, prefiro ouvir o que tem a me dizer do que a falar de mim, eu acho até mais fácil sabe? Só mesmo aqui eu consigo expressar toda minha angústia e me sinto livre pra dizer o que bem quero. Lembrei que na metade do ano de 2005 eu tive minha grande crise mais séria de depressão. Não queria sair da cama, preferia ficar deitado nela chorando, e estranhamente só conseguia obter paz durante a noite, parecia estar curado, mas acho que era uma espécie de recompensa pelo meu dia ter sido tão pesado e com toda aquela dor. Logo que acordava já começava a sentir uma vontade enorme de chorar e não queria sair da cama, se saía, eu voltava imediatamente. Deitar na cama e ficar lá o dia todo, afinal pra que lutar? Pra que persistir eu pensava? Dormir traziam momentos de calmaria. Lembro que tomei dois calmantes diferentes, mas apenas o de outra marca fazia efeito, fora outro que me fazia dormir e a sensação era boa. Pra mim foi algo fora do normal no começo. Passei anos sem uma lágrima nos olhos e justamente naquele ano eu chorei tudo que não havia chorado em muitos anos. Superei sozinho, era um momento que ninguém podia me ajudar, os poucos que ouviam nada faziam, e quem queria fazer não podia porque estava longe. Nessas horas a gente tira boas lições não é? Me olhava, e dizia a mim mesmo que aquilo devia parar, alguém como eu, jovem e vivendo toda aquela situação, não conseguia aceitar, e falei muito a deus, perguntei porque eu? Tudo talvez tenha sido uma provação, um teste, até mesmo tudo que acontece comigo tento ver dessa maneira.
Depois que me recuperei tentei voltar a viver novamente, faz algum tempo que ando tentando marcar meu território novamente, criar meu espaço e ainda não consegui. Dizem que vou achar meu caminho é só esperar e procurar, mas não tenho mais tanta paciência sabe? Não consigo mais esperar. Acho que ninguém consegue me entender de fato essa minha necessidade. Ficar sozinho, sempre gostei disso só que nem sempre é bom, claro que você acostuma, afinal de contas acontecem tantas coisas que te fazem jamais achar que tudo vai voltar a ser um mar de rosas, te fecham quase que por completo, quando na verdade a realidade está bem escrita na sua frente. Só temos certos entendimentos de muitas coisas a medida que crescemos. Passei a compreender melhor muitas coisas do passado só nos dias de hoje. Consegui por exemplo enxergar qual dos meus 2 primeiros amigos que tanto considerei a alguns anos atrás, era o mais amigo e que realmente dava mais valor a mim e a minha amizade. Ligando fatos pude me deparar com uma realidade nada agradável. Nada que machuque, só faz que machuque mas que sim, te faz refletir. São lições válidas até mesmo para as novas pessoas que entraram em minha vida. Fico pensando em fugir dessa vida medíocre, mas ainda não aprendi como. Também já desisti do amor, ressentido com isso, do esse sentimento representa, e do que ele te tira, infelizmente o amor te faz perder tudo, até quando ele consome alguém muito próximo de você, está te mostrando que vai fazer você perder para ele novamente.
As pessoas quando amam tornam-se egoístas, algumas extremamente egoístas, não querem saber de mais nada ao seu redor a não ser do que o amor representa naquele momento. Até mesmo com os amigos e suas amizade é assim. Vivi tantas desilusões, claro que todo mundo diria: Normal, também já passei por isso. Mas pra algumas pessoas, assimilar o fato, deixar de lado e seguir a vida nem sempre funcionou. Venho tentando me manter de pé, lutando, mesmo desistindo de algumas das minhas muitas lutas, geralmente faço com não há mais nada o que fazer e a persistência acaba se tornando uma espécie de humilhação. Ainda tento acreditar, seja nos dias que virão e nas pessoas. Talvez devesse ter esperanças numa outra vida, porque nesta tornou-se cansativo. Não sei até quando este teste vai continuar, mas espero que termine logo, porque não tenho mais tanta força para ficar resolvendo tantos dilemas. Também acho que vou viver a vida toda tentando entender tudo o que acontece ao meu redor e certamente a palavra "Porque" vai estar sempre em evidência. Nunca haverá uma definição concreta.
Um comentário:
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eu adorei oq vc escreveu gostaria de te conhecer melhor
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